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16/02/2021

RESENHA #11 - “O VENTO GIRA EM TORNO DE SI” (LITERATURA NACIONAL) - GENY VILAS-NOVAS

LIVRO:  “O VENTO GIRA EM TORNO DE SI” (LITERATURA NACIONAL)

AUTORA: GENY VILAS-NOVAS

EDITORA: 7 LETRAS

 PÁGINAS – 172

1ª  EDIÇÃO 2020

CATEGORIA: LITERATURA NACIONAL

ASSUNTO: CONTO BRASILEIRO

ISBN: -  978-65-86043-89-1




 

PRIMEIRO PARÁGRAFO:

 

“LEVANTA FOLHAS SECAS DO CHÃO, VIRA REDEMOINHO E SAI CORRENDO. AS CIGARRAS CANTAM NOS TRONCOS DAS ÁRVORES, HORDAS DE BANDIDOS INVADEM A PRAIA, ESFAQUEIM BANHISTAS E CAUSAM TUMULTO, PÂNICO, TERROR. COITADOS DOS IMPREVIDENTES QUE SEM QUERER ENTRAM NAS FAVELAS, PAGAM COM A VIDA, POUCOS SOBREVIVEM PARA CONTAR. AS PRESAS, NA MAIOR PARTE DAS VEZES, SÃO TURISTAS.”

 

 

CITAÇÃO:

 

“Não há como um dia depois do outro, com uma noite no meio. [...]” (pág. 19)

 

ANÁLISE TÉCNICA:

 

-CAPA-

 

A capa preta com uma bailarina rodopiando e as sombras desse rodopio.

Bem condizente com o conteúdo do enredo.

Foto da capa: Ahmad Odeh/Unsplash.

 

NOTA: 4,80  DE 5,OO

 

-DIAGRAMAÇÃO:

 

As letras são pretas e medianas e as folhas amareladas.

Como é uma leitura contínua, não há capítulos, mas há pensamentos em algumas mudanças de trechos de umas páginas para outras.

 

NOTA: 4,50 DE 5,00

 

- ESCRITA:

 

A narrativa é em primeira pessoa pela própria autora.

A escrita é diferenciada, um tanto mais culta, com ditados populares, citações de livros e do Evangelho.

Alguns pequenos erros de ortografia que não chegam a atrapalhar a leitura, porém merece uma nova revisão.

 

NOTA: 4,30  DE 5,00

 

CITAÇÃO:

 

“Até há poucos anos, não relia nada, não podia perder tempo. Tinha que ler o máximo possível. Vi que era uma corrida atrás do vento, tempo perdido. Passeie a reler e estou feliz, calma, resignada. Não se pode lutar contra os moinhos de vento.” (pág. 71)

 

SINOPSE:

 

“O vento gira em torno de si revela as angústias da narradora diante das mais diversas perdas – de familiares e conhecidos, do Rio Doce, vítima de um desastre ecológico, e até mesmo da esperança, numa sociedade devastada pelas notícias de corrupção e violência. A leitura dos clássicos de Homero, com seus conflitos e guerras, e também dos Evangelhos, ajuda a montar o quebra-cabeças da vida e a renovar a fé na humanidade, pela via sutil da palavra, força motriz de tantas transformações. Geny Vilas-Novas é uma dessas autoras que coloca a própria vida na escrita, de tal modo que nos tornamos logo íntimos de suas ideias, angústias e vivências, como se estivéssemos ouvindo as confissões mais sinceras de uma amiga próxima.”

 

CITAÇÃO:

 

“As frases que vão conosco para o túmulo tiram o sangue, arrancam lágrimas e não podem ser compartilhadas.” (pág. 131)

 

 

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

 

Poder apreciar uma boa leitura, é algo inexplicável, mesmo que por vezes saiamos da nossa zona de conforto. É o caso desse exemplar. Um conto (ou será uma pequena novela?) onde há mistura de fatos e sentimentos vividos na vida da autora, mesclado com a ficção empírica de  conhecimentos literários e religiosos das leituras e aprendizado que fez durante sua  existência.

Uma leitura aprazível, com frases curtas e por vezes com alguns trocadilhos, vários ditados populares que se encaixam perfeitamente com reflexões profundas sobre o comportamento e reação das pessoas em sociedade, uma sociedade  que mostra as agressões, sofrimentos, perdas diárias e a contínua vontade de continuar vivendo dentro desse ‘looping’ de boas e más experiências.

A escrita da autora imprimi seus anseios e angústias, as dores de suas perdas no decorrer dos anos, lembranças de várias épocas de sua existência, compartilhadas com um personagem fictício que a procura quando a vê que precisa de companhia.

Algumas coisas me incomodaram um pouco, como a repetição de alguns termos  que por vezes torna a leitura um tanto morosa e lenta, entretanto, acredito que tem de ser assim, para que o leitor possa assimilar todos os questionamentos e reflexões que são levantadas e que para que possa ser absorvido e entendido de forma a mudar algumas posições impostas por nós mesmos.

É uma leitura até certo ponto triste, no sentido de ver tantas perdas, tantos acontecimentos catastróficos, a realidade de toda natureza que parece atroz e mostra como toda ação, tem uma reação de alguma forma.

Como diz a autora: “Tudo é fugaz.”

 

NOTA : 4,30 DE 5,00








 

SOBRE O AUTORA:




 

Geny Vilas-Novas nasceu em Minas Gerais e morou em várias capitais do Brasil até se fixar no Rio de Janeiro, onde vive atualmente. Participou de diversas antologias de contos, entre as quais Tempos de Nassau: um príncipe em Pernambuco (Bom Texto, 2004), Ásperos e macios: histórias de amor e vingança (Bom Texto, 2010), e O Rei, o Rio e suas histórias (7Letras, 2012). É autora dos romances Adeus, Rio Doce (Bom Texto, 2006), Onde está meu coração? (7Letras, 2015), Flores de vidro (7Letras, 2015), Fazendas ásperas (7Letras, 2017) e O vento gira em torno de si (7Letras, 2020).

 

EXEMPLAR CEDIDO PELA OASYS CULTURAL.


 



CHEIRINHOS

RUDY


03/11/2019

RESENHA #54 - “FRAQUEZAS HUMANAS” (LITERATURA NACIONAL) - RAFAEL BESSLER


LIVRO: “FRAQUEZAS HUMANAS” (LITERATURA NACIONAL)
AUTOR: RAFAEL BESSLER
EDITORA: 7LETRAS
 PÁGINAS – 144
  EDIÇÃO 2019
CATEGORIA: CONTOS BRASILEIROS
ASSUNTO: CONTOS
ISBN: -  978-85-4210-794-4

Fraquezas humanas

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

As letras vermelhas chamam atenção. Uma mão estendida, aberta, como se soltasse uma fumaça cinza e um monte de areia por baixo.
Capa: Julia Bessler.

NOTA: 5,00  DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

 A imagem pode conter: desenho

As folhas são amareladas e as letras pretas medianas.
Conteúdo: sumário; dedicatória; dezoito contos com títulos e algumas ilustrações; e, agradecimentos.

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Coordenação editorial: Isadora Travassos.
Produção editorial: Alice Garambone, João Saboya, Julia Roveri e Rodrigo Fontoura.

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Ilustrações: Julia Bessler.

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NOTA: 4,80 DE 5,00

- ESCRITA:

Alguns contos são narrados em primeira pessoa pelos protagonistas, outros em terceira pessoa desconhecida, alguns tem diálogos complementares.
A linguagem é contemporânea um pouco mais culta, com palavras não tão comuns ao vocabulário corriqueiro, o que engrandece o aprendizado, de fácil entendimento, e, envolvente.

NOTA: 5,00  DE 5,00

CITAÇÃO:

“-Estou firmemente convencido que a miséria humana é o que há de mais consistente numa pessoa e é exatamente a consciência desse fato que pode nos fazer menos miseráveis.” (pág. 39)


SINOPSE:

“Com seu instinto aguçado para observar e traduzir os mais variados matizes da natureza humana, Rafael Bessler dá vida a esta coletânea de contos com histórias e personagens tão reais que nem parecem inventados. Amor, ciúme, inveja, desejo, amizade, vingança, compaixão -- todo o sentimento do mundo cabe nestas histórias, que lemos num piscar de olhos. Com talento e imaginação, o autor constrói um amplo painel de enredos e temas que retratam bem a vida como ela é.”

CITAÇÃO:

“[...] Há que se ter as rédeas curtas nas mãos, sem estirá-las em excesso. O servilismo salpicado de certa arrogância, porém sem subserviência, deve ser titulado para que faça os nobres passageiros sentirem-se orgulhosos de si mesmos através de nosso adequadíssimo comportamento. [...]” (pág. 87)

RESUMO SINÓPTICO:

O livro é um compilado de contos curtos, ficcionais que abordam vários assuntos, como: amor, ciúme, inveja, desejo, amizade, vingança, compaixão e outros, mais relacionados as fraquezas que os seres humanos passam em seu dia a dia.


ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:

Admiro as pessoas que conseguem observar o comportamento humano e sintetizar em palavras, tantos os fatos quantos os ensinamentos advindos deles. Admiro ainda mais quando essa transcrição é feita de forma sensível, afinal, o que é demonstrado são as nossas fraquezas e ninguém gosta de se ver exposto, seja de que forma for. A delicadeza expressa em palavras que trazem a percepção da arte de viver.
O livro é isso:  a sagacidade da observação e análise de várias situações corriqueiras, tão verdadeiras e próximas do leitor, que não há como não nos identificarmos com as personagens criadas e com as situações relatadas. É um livro tão visceral, com um humor de certa forma ácido por mostrar a melancolia e a emoção perspicaz de uma miscelânea de sentimentos que por vezes, nem conseguimos perceber.
O livro traz um grande impacto, porque conseguimos visualizar situações em que se nos colocarmos no lugar dos protagonistas, passamos a pensar: como agiríamos se acontecesse comigo? Passamos a analisar nosso comportamento e a notar que, infelizmente, nosso discurso por vezes é de uma forma e ao nos vermos na situação, nossa atitude é diferente. Nossas fraquezas, não há como fugirmos delas.
Não irei comentar sobre cada coto específico, seria injusto da minha parte falar de um e não falar de outro, porém todos são bem escritos e tocam profundamente dentro da nossa racionalidade e dos nossos sentimentos.
Leiam!

NOTA : 5,00 DE 5,00

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SOBRE O AUTOR:

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Rafael Bessler nasceu no Rio de Janeiro em 1951. É médico. Formado e pós-graduado em Clínica Médica pela UFRJ e mestre em cardiologia. Há vinte anos dedica-se também à Geriatria. Atualmente, exerce medicina privada em seu consultório no Rio de Janeiro. Exerce medicina individualizada e de pesquisa diagnóstica.

Exemplar cedido pela Oasys Cultural.

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CHEIRINHOS
RUDY



25/10/2018

RESENHA #60 - “VIDE BULA FARMACOLOGIA POLÍTICA DE TRÊS PÍLULAS” (LITERATURA NACIONAL) - FABÍOLA RODRIGUES


LIVRO: “VIDE BULA FARMACOLOGIA POLÍTICA DE TRÊS PÍLULAS” (LITERATURA NACIONAL)
AUTORA: FABÍOLA RODRIGUES
EDITORA: 7 LETRAS
PÁGINAS – 104
  EDIÇÃO 2018
CATEGORIA: POESIA BRASILEIRA
ASSUNTO: POEMAS
ISBN: - 978-85-421-0671-8

Vide bula

CITAÇÃO:

“Eu que atravessei todas as formas, afinei todos os silêncios, amarfanhei todas as flores, enxuguei todas as desimportâncias, repisei todos os ódios, refuguei todos os desejos, troquei os lençóis de cama e os panos de pratos, eu que estou aqui desde sempre, desde que amanheceu os tempos, desde que o sol beijou a lua, desde o dia em que das cinzas você renasceu, eu, apenas eu, miserável avatar de mim, irei beber algum dia das águas adustas dos teus olhos?” (“GRAMÁTICA” – pág. 25)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Uma parte vermelha, listra branca e verde. Letras do título na cor branca.
A capa é simples, embora as cores combinem e sejam chamativas.
Não há denominação de quem fez a capa.

NOTA: 3,50 DE 5,00

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas com letras pretas medianas.
Conteúdo: sumário; pensamentos; dedicatória; dividido em três partes: Oníria com vinte e oito poemas e Ocaso com quarenta e dois poemas; e, Olvido com apenas um poema.
Formato            14x21 cm
Coordenação editorial: Isadora Travassos.
Produção editorial: João Saboya, Julia Roveri, Isadora Bertholdo e Rodrigo Fontoura.

NOTA: 4,00 de 5,00


- ESCRITA:

Todos os poemas são escritos em primeira pessoa pela visão da autora, tornando os poemas bem pessoas, carregados de sentimentos profundos e alguns termos em outro idioma e com vocabulário vasto e expandido. São poemas livres, sem forma ou métrica.

NOTA: 4,50 DE 5,00

CITAÇÃO:

“Aqui e agora essa luz de luzes no teu cabelo
As luzes te caem bem
Muito melhor do que em mim e muito melhor do que eu queria em ti{...]” (“HIC ET NUNC” pág. 44)

SINOPSE:

“"Vide bula" adverte sobre os efeitos de se adentrar no universo poético de Fabíola Rodrigues: os versos se insinuam pelos cinco sentidos do leitor, evocando a infância e seus temores, a vastidão do mundo, a fragilidade dos seres, a história secreta das palavras. Nas palavras de Fernanda do Nascimento Oliveira, "Vide bula" provoca sensibilidade à flor da pele.”

CITAÇÃO:

“Descalço as sapatilhas de ponta, desamarro a sala de tule, arranco o collant rosa, pouso a tiara de cetim sobre a penteadeira, desabo, desfeita, sobre a cama: tragédia anunciada, esforços debalde. Fui reprovada no certame para primeira bailarina do teu corpo de baile.” (“PAX DDE DEUX” – pág. 57)

RESUMO SINÓPTICO:

A autora reuniu textos e poesias que imprimem seus sentimentos pessoais sobre diversos assuntos que convergem para o sentimento do amor em várias formas, tornando-os mais sensoriais, carregados de ‘felling’ interior, como se fossem a cura para a solidão.


CITAÇÃO:

“Sai no coração do aguaceiro
Guada-chuva rasgando o céu
Vento barafustando meus cabelos
Em prantos [...]” (“TENPESTADE TROPICAL” – pág. 84)


ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Nem é preciso dizer o quanto sou apaixonada por poesia.
Acredito que através de palavras, rimadas ou não, com métrica ou não, é possível transmitir diversas formas de sentimento, de fácil entendimento e que tocam o coração ou a alma do leitor.
Aqui não foi diferente. Com seus poemas livres, não apenas nas formas gramaticais e métricas, a autora trouxe à baila, sentimentos diversos, profundos, interiores que transmitem suas sensações diante da vida de forma branda, embora em alguns, a tormenta interior seja forte.
A linguagem é contemporânea, embora traga termos não tão utilizados no dia a dia e alguns termos/palavras estrangeiras, porém de fácil entendimento diante do contexto apresentado nos textos.
Acredito que cada leitor será atingido de uma maneira pessoal de acordo com suas próprias experiências de vida. A mim, o sentimento que trouxe, foi que os poemas são uma forma de, através de suas experiências, poder trazer a 'cura' ou o caminho para ela, através de suas vivências pessoais. 
Mais que recomendado.

NOTA : 4,50 de 5,00

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SOBRE O AUTORA:

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Fabíola Rodrigues nasceu em Votuporanga (SP). Socióloga, mestre e doutora em Demografia, atua na gestão pública do patrimônio cultural em Campinas (SP).

EXEMPLAR CEDIDO PELA OASYS CULTURAL.

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CHEIRINHOS
RUDY



17/12/2017

RESENHA #99 - ”32 CARTAS”(LITERATURA NACIONAL) - AGUINALDO TADEU

LIVRO: ”32 CARTAS”(LITERATURA NACIONAL)
AUTOR: AGUINALDO TADEU
EDITORA:  7 LETRAS
PÁGINAS –130
1ª  EDIÇÃO 2017
CATEGORIA: FICÇÃO NACIONAL
ASSUNTO: CONTO BRASILEIRO
ISBN: - 978-85-421-0578-0

32 cartas

CITAÇÃO: “-Realmente, meu senhor, acredito que só mesmo as grandes revoluções poderão tirar capitalistas mesquinhos como o senhor de cima de suas propriedades.” (pág. 23)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Tronco de árvore com folhas caísas.
A capa é simples, porém cheia de significados.
Imagem da capa: Eduardo Süssekind.

NOTA: 4,00 de 5,00

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas com letras um pouco abaixo da média.
Conteúdo: sumário; dedicatória; pensamento; e, 25 contos com títulos.
É uma diagramação simples, porém eficaz.
Coordenação editorial: Isadora Travassos.
Produção editorial: Ana Cecília Menescal, Rodrigo Fontoura e Victoria Rabello.

NOTA: 4,00 de 5,00


- ESCRITA:

Os contos são escritos alguns em primeira pessoa e outros em terceira pessoa, porém todos tem uma linguagem acessível, de fácil entendimento, uns de forma poética, outros com pensamentos populares, entretanto, o que todos tem em comum é a forma fantástica de se contar uma história.
Revisão: Julia Roveri.

NOTA: 5,00 de 5,00.

CITAÇÃO: “-Ele não perdoou, cara, virou pra mim e disse: o que você está fazendo parado?  Descansando? Fique esperto, rapaz, pois jacaré que fica parado, vira sacola de madame!”. (pág. 52)


SINOPSE:

“Apresentando um texto leve e de extrema fluência, flertando às vezes com um tom mais poético e revelando um olhar arguto sobre as cenas, enredos e personagens que conduzem suas narrativas, Aguinaldo Tadeu é acima de tudo um exímio contador de histórias. A dança num baile da juventude; o violonista forasteiro que conquista corações e mentes; um beijo roubado no cinema; os desafios do rei num jogo de xadrez; um menino que gosta de reescrever o final das histórias que lê – é grande a variedade de temas e situações aqui tratados, sempre de maneira cativante e criativa.”

CITAÇÃO: “-Julinho, aprenda uma coisa com a sua velha vovó que já está no fim. As coisas mais simples da vida são as mais importantes. Viva na simplicidade e será uma pessoa equilibrada, sábia e feliz.” (pág. 60)


RESUMO SINÓPTICO:

O livro traz 25 contos de assuntos variados, todos provenientes do conto que dá nome ao livro “32cartas” que por sinal é um dos melhores, ao lado do conto “Mandarim, Jacaré e outros dilemas” e “A mulher que caminhava”. Todos os contos são bons, mas esses foram meus preferidos, por trazerem histórias que nos faz pensar sobre como agirmos e repensar nossos comportamentos diante das situações.


CITAÇÃO: “A fofoca é uma arte que não exige grandes investimentos financeiros, de deslocamento ou de espaço. Todo local é um “fofocódromo” em potencial, seja uma pracinha, uma esquina, um botequim, um açougue, uma igreja ou até mesmo um velório. [...]” (pág. 106)


ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:

Os assuntos dos contos são variados, falam de amor, amizade, trabalho, política, ambição, ganância, religião, animais e outros tantos temas afluentes.
A realidade é que o autor demonstra seu conhecimento e experiência de vida e transcreve para as páginas do livro, sentimentos intrínsecos ao ser humano, coisas imperceptíveis no dia a dia que deixamos passar sem perceber e ao lermos, temos aquela total identificação e até a surpresa do inusitado em pensar: como nunca pensei nisso?
É uma leitura para ser deliciada a cada nova história bem contada e ao término de cada conto, parar e pensar, refletir o que e qual significado o autor quis transmitir com suas ‘fábulas’.
Claro que não temos de concordar ou aceitar aas palavras ditas, ou até mesmo, alguns finais inesperados, todavia, devemos respeitar o conhecimento, a pesquisa  e a expriência demonstrada pelo autor.
E por tudo isso, só posso recomendar o livro, não apenas para os apreciadores de histórias e contos, como eu, mas para todos que gostam de um livro bem escrito e enriquecedor.


NOTA : 4,50 de 5,00



SOBRE O AUTOR:

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Aguinaldo Tadeu nasceu em Belo Horizonte e já morou em Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Carmópolis de Minas, Teresina, São Luís do Maranhão e, atualmente, anda meio perdido pelas tesourinhas de Brasília. É autor dos livros de poesias: De mineiro e louco, com mais um pouco (2006) e Enquanto eles jogam bombas (2009). Pela editora Giostri, é autor do livro de contos O dono do rádio (2011), vencedor da Bolsa de Criação Literária da Funarte, do romance Desafinados no coro dos contentes (2014) e do livro infantil A voz dourada das cidades (2017). Tem crônicas e poesias publicadas em jornais, revistas e antologias. Gosta de livro, música, futebol, xadrez e viagens, tanto de olhos abertos quanto fechados. Gosta da poesia dos passarinhos, do encanto das flores e da maluquice dos loucos de todo o gênero que encontra pelas ruas. Gosta de contar e ouvir casos, os reais e os imaginários, tomando café de rapadura à beira de um fogão à lenha. Acredita nas coisas mais simples da vida. Vive com a cabeça nas nuvens.

Exemplar cedido pela Oasys Cultural.

A imagem pode conter: texto

CHEIRINHOS
RUDY